Berimbau, Baden Powell e o seu gênio interpretativo

A história da composição de Berimbau e os afro-sambas em 1962 pela dupla Baden e Vinícius já não é novidade para ninguém. A intenção deste post é levantar algumas simples reflexões que tive (as quais provavelmente muitos outros instrumentistas compartilham) após assistir este vídeo do grande Baden tocando a sua emblemática obra. Seguem abaixo os meus pensamentos…

Onde fica o limite entre a genialidade e a técnica de um instrumentista? Existe uma fronteira que separa o fazer artístico consciente do instintivo? São as perguntas que me ocorrem ao ver Baden Powell tocar violão. Além de um grande compositor, Baden era exímio violonista. Observem a sua técnica de mão direita. Teria ele desenvolvido este toque tão rítmico e fluido meticulosamente ou foi puro instinto, feeling e ouvido? E qual grande violonista vocês conhecem que toca publicamente (ou mesmo em casa) com cordas velhas e um palito de fósforo enfiado sob os bordões da primeira casa para evitar trastejamento?
Este é um post cheio de perguntas, e antes de mais nada um convite à reflexão. A última delas: até onde devemos racionalizar nossas ações e quando é o momento de “deixar rolar”?

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